Nada mais do que eu pense, nada que eu planeje
Nada do que eu sei e nada do que busco
Nada mais do que tenho e nada mais do que anseio
Nada mais do que antes e nada mais do que agora
Nada mais do que nada, e tudo se esgota
E como em um frasco perdido no mar,
minha alma acesa é soprada pra lá e pra cá
contida em redomas cristalinas, observa
observa e vê tudo virar nada, nada no mar
contida em redomas cristalinas, observa
observa e vê tudo virar nada, nada no mar
Nenhum sentido, nenhuma solução
Nenhum plano, nenhuma investida
Mas o lento, lento, lento acordar
Mas o lento, lento, lento acordar
Estaria o Grande Autor atendendo secretamente este pobre coração?
Estaria sua Vontade guiando sutilmente esse filete de vida para a liberdade?
Ou estaria a pobre alma do frasco navegante
Estaria sua Vontade guiando sutilmente esse filete de vida para a liberdade?
Ou estaria a pobre alma do frasco navegante
fadada a encontrar a borda ilusória de uma terra plana
e em um precipício infinito abraçar seu fim?
Liberdade, em vida?
Liberdade, em morte?
Enquanto isso, sonha a chama acesa no frasco inundado de azul
queimar tão intensamente a ponto de fazer céu e mar
Liberdade, em morte?
Enquanto isso, sonha a chama acesa no frasco inundado de azul
queimar tão intensamente a ponto de fazer céu e mar
ressoarem em seu próprio tom
C.W.
Nenhum comentário:
Postar um comentário