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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Lobo Solitário

Patas e garras ao chão
Cheiro de terra
Cheiro de dor

Pela manhã, correndo na floresta
Seguindo rastros que não existem mais

Solitário no ofício de ser fera
Ferir sem sobrar nada que pedir em troca

Pois a minha sina me faz tocar o solo
O meu uivo é hino, é grade
A vaidade é uma ilusão
E no frio, a natureza me faz miragem

Pois, posto que a beleza da selva reside em tudo aquilo que há de ser
Imutável, sólido, montanha e mar
Um lobo é só um lobo
Nasceu fera, mas chora por dentro
Coisas que não sabe sentir
Pois é só, e é só um lobo

M.S.

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