Ele tinha muitos amigos, que conquistou com o tempo
Ele tinha diversão, vida decente e até mesmo música
Ele podia ver as coisas que enchem os corações dos homens
E apontava pra elas, na esperança que eles olhassem
Ainda assim, havia algo que ele não tinha
E seu coração ansiava por isso
Mas as palavras de seu murmúrio
Eram ilegíveis para sua mente
"Que posso querer, coração meu?" - ele pensava.
E um certo dia,
depois de um daqueles infortúnios que jogam o homem de volta
às profundezas de si mesmo
Ele se deu conta
Deu boas-vindas ao seu irmão
Agradeceu seu olhar
Relaxou ao saber
Que este lhe dizia, em silêncio:
"Eu vejo o que você vê
Eu sinto o que você sente
Eu sou um pouco do que você é"
Neste dia, seu fardo se tornou um pouco mais brando
Sua angústia, um pouco mais simples
E todas as coisas acharam, mesmo que por algum tempo
Seu sentido
Ele começava a perceber, enfim
Que poderia trocar a angústia
Por amor verdadeiro
E o medo
Pelo apoio ingênuo
de uma alma real.
C.W.
uau.
ResponderExcluirah, como eu entendo esse seu texto, meu amigo, e como foi bom lê-lo hoje.
por agente partilhar a mesma 'falta', ou a mesma busca, nos descobrimos irmãos, e nos entendemos.
Claro, tudo que eu escrever é redundante, seu texto fala tudo, e da melhor maneira que podia falar.
gostei muito, muito obrigado por isso.
Existe algo, muito lindo, que se sintoniza cada vez mais. Som, frequencia, vibe, intencao, energia... Somos todas as palavras (sim! :D). O tal do Sentido vai se descascando. Amor!
ResponderExcluirEu vejo o que você vê
ResponderExcluirEu sinto o que você sente
Eu sou um pouco do que você é... adorei! Foi maravilhoso ler estas linhas num final de tarde triste. É animador ou consolador saber que nesse mundo existem pessoas que compartilham das mesmas dores, dos mesmos sonhos,angústias ou carregam fardos semelhantes e tão pesados de carregar conforme o dia!
Quando se encontra alguém como que nos identificamos, com quem criamos laços de amizade, irmandade, tudo fica mais fácil!