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domingo, 13 de outubro de 2013

Soltar-se...

Há tantas maneiras únicas de criar, tantas formas lindas a experimentar. Há tantas nuances esperando por nós, se nós apenas deixamos com que o natural se expresse como o natural, se nós permitimos que aquilo que é seja como é. Só que o mundo nos ensina que temos que correr e forçar todos os processos. Que temos que ter controle sobre o que fazemos, que devemos traçar estratégias e metas e dar cada passo sob medida. Ainda mais, o mundo nos diz que devemos respeito à tradição, que temos que aprender o "certo". Mas, de que adianta confinar a vida em uma garrafa? De que adianta ensinar uma criança a desenhar? O belo se faz por si próprio - e acontece em cada ser humano como um reflexo puro de si mesmo. É só quando queremos alterar nosso destino, quando negamos aquilo que mais naturalmente podemos ser, que bloqueamos e restringimos a criatividade. Cada um está sempre apto a fazer o que esteve sempre apto a fazer! Basta fazer - fazer aquilo que se quer fazer, e fazer por inteiro, sem pressa e sem controle. Não deveríamos perder um minuto de tempo sequer julgando aquilo que criamos - basta que o façamos com a alma descansada e presença. E depois, é deixar com que o infinito decida e nos mostre, por entre seus sussurros misteriosos, o propósito de nossa arte.


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